sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estatísticas do pedal

Antes de fazer novos comentários sobre a legislação, achei interessante divulgar alguns dados que demonstram um pouco da situação das bicicletas no Brasil e no mundo.
Isso porque, para qualquer grupo ser respeitado, ele precisa primeiramente ser notado.
E com os ciclistas não é diferente.
Engana-se quem pensa que os que utilizam a bicicleta são poucos. Não são!
Segundo os dados mais recentes da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), levantados em 2007, as nossas “magrelas” são os veículos individuais mais utilizados do País, ficando a frente até mesmo das motos, senão veja-se:



Nosso País também é destaque mundial no que se refere ao comércio de bicicletas.
Conforme pesquisa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), feita com dados da Bike Europe, Bicycle Retailer and Industry News (BRAIN) e da NBDA (National Bicycle Dealer Association), o Brasil é o 3º maior mercado produtor de bicicletas do mundo, com 4,5% da produção, ficando atrás apenas da China (com imponentes 66%) e Índia (10%).
O Brasil também é um grande consumidor mundial. Nesse aspecto estamos em 5º lugar, atrás da China (1º), EUA (2º), Índia (3º) e Japão (4º). Importante notar que somos auto-suficientes, ou seja, a produção anual brasileira de bicicleta, aproximadamente 5,5 milhões de unidades, é suficiente para satisfazer as necessidades do mercado interno brasileiro.
Sabe-se também que o grande destino das bicicletas no Brasil é a Região Sudeste, como se pode observar mais detalhadamente no gráfico a seguir:



Outro dado importante é o que demonstra que metade dos que utilizam a bicicleta no Brasil a usam como um meio de transporte. O restante é destinado ao público infantil (32%), recreação e lazer (17%) e esportes (1%)
Assim, 50% dos ciclistas brasileiros, diferentemente das demais categorias, enfrentam diariamente as vias urbanas e rurais.
Tal fato só reforça a idéia da importância da implementação de políticas de segurança, valorização e respeito aos ciclistas, o que engloba uma legislação que cada vez mais seja voltada ao reconhecimento dos direitos daqueles que utilizam as bicicletas no seu dia-a-dia, especialmente nos grandes centros urbanos onde as bikes e os outros meios de transporte convivem de forma quase que forçosamente beligerante.